“O plano sempre foi escrever um livro”: Autor fala de suas inspirações na cultura pop para lançamento de primeiro livro

Lucas Silva
5 min readDec 5, 2023

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Gustavo Oliveira com seu livro “A Ordem dos Dragões: A Vingança de Larkthrak”, lançado em novembro de 2023 (Acervo pessoal)

Um artista, independente do ramo no qual ele atue, sempre vai usar de inspirações e gostos pessoais para produzir conteúdo, sejam livros, séries, jogos, músicas e por aí vai. Influenciado pela cultura pop e por grandes escritores, o jovem Gustavo Oliveira de 26 anos realizou seu sonho de publicar seu primeiro livro.

Morador de Paulínia, no interior de São Paulo, o escritor lançou junto a Editora Telha no último dia 10 de novembro o primeiro livro do que planeja ser uma saga. “A Ordem dos Dragões: A Vingança de Larkthrak” conta as aventuras de quatro jovens que devem defender a humanidade do mago das trevas Larkthrak, um bruxo que foi derrotado séculos atrás pelo Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda.

Em bate-papo, Gustavo falou de seu começo e do apoio de sua família, do processo de criação do livro e seu futuro. O livro está disponível em formato físico.

1 — Como começou esse gosto pela literatura?

Eu sempre gostei de ler, desde pequeno. Meus pais sempre me deram livros, é algo que eles sempre incentivaram. Na minha quinta série — sexto ano — mais ou menos, eu tinha uma história que queria fazer. E eu sempre fazia desenhos sobre, já cheguei a fazer um gibi, mas nada que fosse pra frente. Depois eu fui aprimorando minha escrita, estudando, lendo mais. Então é algo desde pequeno e no ano passado comecei a escrever de fato, já tinha o prólogo e o que eu queria fazer com a história. Já tinha separado ela em quatro partes, ou seja, vão ser quatro livros. Terminei de escrever em fevereiro desse ano.

2 — Quais são as suas maiores inspirações para escrever?

O (George R.R.) Martin sempre foi uma inspiração, gosto bastante dele, ainda mais porque ele é muito detalhista nas coisas que ele faz. O Rick Riordan (Percy Jackson) é outro nome, gosto do jeito que ele trabalha as múltiplas histórias dele, tanto que ele escreve até hoje.

3 — Quando foi o ponto de partida pra começar a escrever A Ordem dos Dragões?

Eu sempre quis fazer, não importa de que modo eu ia fazer. O plano sempre foi escrever um livro, mas eu sempre pensei: “se eu não escrever, eu posso fazer um jogo, eu posso fazer um gibi”. Depois eu sentei e comecei a escrever sobre os personagens, dar vida a eles. Organizei tudo no Trello, a ordem dos acontecimentos e tudo mais e aí o livro foi tomando forma. Eu travei em uma parte na metade do livro que eu acho que vai dar pra perceber quando a pessoa for ler.

4 — Houveram percalços no decorrer da escrita, então?

Eu fiquei dois meses sem escrever, porque eu não conseguia sair daquele momento e não importa o quanto eu reescrevesse aquela cena, eu não conseguia sair. “Caramba cara, e agora? O que eu faço?”. Eu só dei um tempo, decidi esperar. Se você for ler, dá pra ver a diferença dessa mudança de escrita, não é algo muito gritante, mas acho que dá pra perceber, pelo menos quando eu fui reler.

5 — Você disse que se não escrevesse, podia fazer um jogo. Como assim?

Eu sou formado em jogos digitais, então minha ideia sempre foi fazer esse livro. Em algum momento eu pensei em fazer um jogo, afinal, é a minha formação. Já sei fazer roteiro, poderia fazer a programação, mas a ideia não foi pra frente. Não me vejo fazendo um jogo mais pra frente, só se alguém mais inteligente que eu quiser fazer.

6 — Como seus pais reagiram com a sua decisão de escrever o livro?

Eu sempre falava que eu queria escrever um livro e eles davam muito apoio. Quando eu disse que terminei de escrever eles falaram: “que, como assim você já terminou?”. Meu pai me ajudou na publicação e agora eles estão orgulhosos e falam pra todo mundo “meu filho é escritor” e tudo mais e mandam os vários links pro pessoal comprar o livro.

7 — O que mais te surpreendeu na hora de escrever a história das personagens?

Eu sempre gostei da era medieval, de castelos, de dragões e eu queria trabalhar com personagens dessa época, mas eu queria também trazer pra realidade. Trabalhar os personagens em cima disso foi muito gostoso porque você pode fazer o que você quiser. Também usei de base o Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda e alguns pontos históricos desses personagens. Eu virei um sommelier de onde ir na Irlanda (risos).

8 — Você se especializou em cultura da era medieval, na Idade Média e tudo mais e trazendo personagens entre passado e presente. Como você definiria o livro para quem quer começar a ler?

De uma forma muito resumida, é uma mistura de Avatar com Game of Thrones com sintomas de Percy Jackson (risos). Mas o livro explora bastante a mitologia dos dragões, quis trazer uma pegada mais filosófica, explorando planetas e o universo. O ponto de Avatar está mais ligado as características das personagens, eles têm algo especial.

9 — Como você acha que o seu eu de dez anos atrás reagiria ao seu eu do presente descobrindo que você escreveu e publicou um livro?

Não sei… acho que é mais aquele sentimento de “consegui, cheguei lá”, sabe? Eu acredito que é uma realização, independente de eu ter conseguido escrever a minha história, eu sempre quis publicar um livro, independente qual seja a história. É um sonho realizado pra qualquer pessoa fazer o que gosta. A história por trás de “A Ordem dos Dragões” é algo que eu sempre quis fazer e ela mudou ao longo dos anos. Escrevi ela de uma forma totalmente adaptável, entendeu Netflix?

10 — Vem aí uma saga do futuro como você disse. Mas o que mais podemos esperar de você no futuro?

Eu gosto bastante de escrever terror, então talvez saia um livro de terror do Gustavo, talvez? Um dia, quem sabe. Mas para além disso, muita ficção e muita viagem na maionese. Fazer bastante livro de fantasia, que é algo que eu gosto de fazer, gosto de inventar coisas. Criar um pseudo autor pra escrever romance erótico, porque dá dinheiro (risos). Eu escrevi fanfic a minha vida toda pra aprender a escrever, uma hora ou outra eu vou ter que usar esses conhecimentos.

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Lucas Silva
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Written by Lucas Silva

Jornalista. São Paulo, Brasil. Passagens por Torcedores.com, Esportudo e Bolavip Brasil.

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